Prática, que contribui para ganho de produtividade, já é consagrada no setor imobiliário, mas ainda não se difundiu tanto nas obras de infraestrutura
O corte e a dobra do aço em fábrica, com entrega dos elementos prontos no canteiro, é um dos sistemas que têm contribuído de maneira significativa para expandir a industrialização na construção civil. Desde a década de 1990, quando esse modelo surgiu no País, houve uma grande expansão da diversidade de produtos siderúrgicos e da capacidade de distribuição dos fornecedores. A industrialização foi bem recebida pelos incorporadores, pois se mostrou economicamente viável ao reduzir os índices de perda do insumo e gerar ganhos de produtividade nas obras, além de amenizar os riscos de acidentes com os trabalhadores.
Uma das principais vantagens do corte e dobra em fábrica é a maior agilidade no serviço de armação e a possibilidade de produção de elementos mais complexos. O fornecimento pelas unidades siderúrgicas também baixou o desperdício de aço para menos de 3%, um patamar bem melhor do que o resultante do trabalho feito pelos operários na obra, que gira em torno de 6% a 12%. 'Até meados dos anos 90, usava-se barra reta de aço de 12 m. No corte e na dobra, há perda de um pedaço das barras, que vira sucata.
À medida que a tecnologia avançou, as siderúrgicas passaram a produzir também bobinas de aço de até 2,5 t, cujo cumprimento varia de acordo com a seção e a massa linear. A perda é mínima e se limita à cabeça e à cauda do material. Há uma otimização fantástica', conta Antônio Paulo Pereira, especialista de produto da siderúrgica ArcelorMittal.
fonte: http://construcaomercado.pini.com.br/